Maria Luiza Franco Busse
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

 

Resumo

O traçado das ruas e o desenho das plataformas virtuais são modos de dizer como devemos nos movimentar nesses espaços de mobilidade física e simbólica. No primeiro caso, o ambiente é concebido na perspectiva de lugar coletivo para uso do indivíduo. Já no plano virtual, o indivíduo protagoniza a concepção e se encarrega de coletivizar os próprios percursos existenciais imprimindo comunicação ao seu aparato simbólico. Entretanto, apesar da natureza diferente, o que se verifica em ambos é a presença concreta do conflito que desde sempre caracterizaram as ruas, mas não necessariamente a virtualidade cibernética que pressupõe a possibilidade de cada um manejar com absoluto domínio e autonomia as relações e manifestar como bem entende as vontades, desejos, idiossincrasias e tudo mais o que tiver em potência. Isso, na grande maioria das vezes, sem a mediação das regras elementares da sociabilidade que balizam o vaivém cotidiano das ruas onde toda sorte de gente se cruza, esbarra, partilha o mesmo pavimento, testemunha eventos, atua e assiste, mesmo sem querer, às transformações do comportamento tanto urbanístico e arquitetônico quanto político e social que marcam a passagem do tempo do cotidiano histórico.

 

Abstract

The design from the streets and from the visual platforms defines how we go to move in those physical and symbolic spaces. The first case is a collective ambient for individual uses and in the second one, the virtual, is the individual who turns collective their symbolic repertoire. However in both conditions we can verify the presence of the conflict, a street typical feature but not an original characteristic of cybernetic virtuality in the sense of mean of comunication. The great difference between them is the fact that the conflicts in the virtual approach do not have the rules to broke social events that happen on the streets.

 

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