Mônica de Oliveira e Solange Alboreda
SESC-SP

 

Resumo

racionalidade ambiental propõe a instauração de movimentos capazes de produzir estratégias para a construção social de um mundo sustentável, além de trabalhar sobre a desconstrução teórica da racionalidade formal e instrumental da modernidade. Trata de articular processos ecológicos, tecnológicos e culturais, internalizando seus saberes nas práticas produtivas da sociedade. A construção social da sustentabilidade se dá através de estratégias discursivas nas quais são confrontadas as razões da racionalidade moderna e as motivações da racionalidade ambiental. Neste artigo, queremos contextualizar a temática da racionalidade ambiental em relação à mediatização crescente sobre questões ambientais, focando na multiplicação de festivais socioambientais de cinema na América Latina nos últimos 25 anos, com potencial para construir sentidos emancipados da ideologia de consumo e da mitificação relacionada às noções de crescimento, desenvolvimento e progresso que nortearam a modernidade. Para tanto, no decorrer do artigo faremos uma aproximação dos conceitos de descolonialidade, desenvolvimento econômico, mediatização e simulacro, tratando de discorrer sobre a potência comunicacional para a produção das mudanças sociais, culturais e ambientais em nosso tempo que permitam reencontrar o humano com seu destino maior. Nesse sentido, este artigo destaca o esforço de ampliação da noção de história de uma técnica, para reconhecer as relações extra-tecnológicas da comunicação com a sociologia, a cultura, a política, o poder, a economia, a psicologia individual e social, os códigos e as formas expressivas, e todas as ciências e disciplinas antropológicas.

 

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