Guilherme Curi
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

 

Resumo

A partir da presente indagação, o artigo busca refletir sobre a dependência da cultura ocidental na construção simbólica e discursiva do mundo árabe e o chamado “choque de civilizações”, tido aqui, a priori, como esboço simplista da contemporaneidade. Partimos da premissa do Estado Islâmico (ISIS) ser uma questão universal em vários sentidos - abordados no texto - e não somente do Oriente Médio, como assim é colocada e reproduzida deste lado do planeta. Além disso, representações como terrorismo, medo e barbárie são acionadas a todo momento de forma generalista, repletas de alusões ao imaginário coletivo em uma busca constante pela legitimação de discursos e práticas de vigilância.

 

Abstract

From this question above, this article aims to reflect on the dependence of Western culture in the symbolic and discursive construction of the Arab world and the so-called "clash of civilizations", which seems to be, a priori, as a simplistic outline of contemporaneity. We start from the premise of the Islamic State (ISIS) being a universal issue in many ways - covered and discussed in the text - and not only the Middle East, as is portrayed and reproduced on this side of the planet. In addition, representations as terrorism, fear and barbarism are powered at all times in a broad way, full of allusions to the collective imagination in a constant search for legitimacy speeches and surveillance practices.

 

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